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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Poço do Sino

         


          Um Homem bastante rico, residente em Recife, era vítima de uma doença incurável.  Com medo de morrer, fez uma promessa à Nossa Senhora da Escada: se ficasse bom, daria um sino de ouro à igreja.  Pouco tempo depois, ele recuperou totalmente a saúde e procurou pagar imediatamente a promessa.  Comprou um belíssimo sino de ouro e doou à Matriz, o qual foi instalado pelo Padre na torre do templo.       Aconteceu que, diante da suntuosidade do sino, uma mulher da vida achou que a beleza dele se contradizia com a simplicidade da Igreja.    Ao meio-dia, quando o sino tocou, ela blasfemou:
        "Mal empregado! Um sino tão bonito numa Igreja tão feia!"     No momento, o sino de ouro desprendeu-se da torre, saiu rolando morro abaixo e caiu num poço localizado no Rio Ipojuca, que passa por trás da Matriz. Na mesma ocasião, uma enorme serpente que por ali andava enrolou-se nele, passando a habitar no fundo do poço.
         Conta a lenda que, de sete em sete anos, o povo ouvia um barulho estranho dentro do poço, como se a água estivesse borbulhando. Com o transcurso do tempo o ruído desapareceu e, até os dias de hoje, o poço ficou conhecido como "O poço do Sino"

Livro: Lendas, Mitos e Histórias da Terra dos Barões

Autora: Mariinha Leão

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Usina Barão de Suassuna






                    Em 1877 foi fundada  a Usina Barão de Suassuna, na época denominada de Usina Mameluco, pelo Tenente- Coronel Antonio Marques de Holanda Cavalcanti. Anteriormente era um engenho também denominado de Mameluco. Próximo a este engenho, situa-se o Engenho Limoeiro, cujo proprietário era o Barão de Escada, Belmiro da Silveira Lins, que em 1880 foi assassinado em Vitória de Santo Antão.  Em 1881,  com este engenho, o Barão de Suassuna passou a possuir duas Usinas: Mameluco e Limoeirinho. Mameluco Herdado do pai, e Limoeirinho fundada por ele, e reformada também por ele, em 1910. Em 1929, a Usina Mameluco já possuía 10 propriedades agrícolas e 34 fornecedores de cana, onde o Engenho Cachoeirinha se destacava por ser pioneiro no plantio de sementes por meio de flexas. Tinha capacidade para produzir 5.000( cinco mil) litros de álcool e processar 500 toneladas de cana. Apenas 50 trabalhadores atuavam durante a moagem. Mantinha uma associaçao beneficente  e três escolas com média de 115 alunos matriculados por ano. Sua via férrea tinha 70 Km, cuja estação ficava a sudeste da sede, e denominava-se " Estação Limoeiro" e mais tarde, Estação Barão de Suassuna", situada no Km 64, na linha Sul.  Esta era uma junção de três ferrovias: A estrada ferroviária Recife ao São Francisco inaugurada entre 1858 e 1862. (A segunda ferrovia aberta bo Brasil); a estrada ferroviária sul de Pernambuco, entre 1882 e 1894, e a estação ferroviária central de Alagoas, inaugurada em trechos entre 1871 e 1884. A primeira ligava Recife a Una( hoje Palmares); a segunda ligava Una a Imperatriz ( hoje União dos Palmares); e a terceira Imperatriz a Maceió. A linha Sul que corre de Leste a Sudeste do município, passava pela Estação de Limoeiro, frexeiras e Escada (Sede do município) e Timbó-Açu.
                Em 1941, Morre o Barão de Suassuna aos 87 anos de idade, deixando suas usinas, Mameluco e Limoeirinho, como herança para seu sobrinho Paulo Fonseca de Lima, médico. Ainda na década de 40, foram repassadas para o Sr. Jayme Loyo e filhos. Daí a algum tempo, uma grande crise se abateu sobre a Usina, sendo necessário intervenção do IAA- Instituto do Açucar e do Álcool.   Superada a crise, os proprietários voltaram a administrá-la. Com o Tempo Mameluco absorveu Limoeirinho, passando a denomina-se "Usina Barão de Suassuna" em homenagem ao seu antigo dono.

Livro: Escada, Riqueza de Pernambuco.
Autor: José Luis Minduca.

A Almofada



             Por trás da Matriz onde o operário encontrou o caixão de defundo, alguns caminhantes viram, pela madrugada, uma enorme almofada preta erolando morro abaixo. Os bilros batiam um no outro provocando, dessa forma, um ruído aterrorizante e ocaionando pavor em quem passava no local.
             Uma das últimas vezes que viram a almofada foi num domingo à noite. Duas irmãs foram à missa e voltaram para casa um pouco mais tarde. Fazia muito calor e elas resolveram tomar banho no quintal da casa. Assim que inciaram o banho, ouviram um forte ruído. Quando olharam para o outeirim a almofada preta descia em direção ao quintal onde elas estavam. Apavoradas saíram gritado e bateram a porta com toda violência, acordando os demais membros da família que estavam dormindo. Qeum viu a almofada preta, ficou com eceio de passar no lugar durante muito tempo.

Livro: Lendas, Mitos e Histórias da Terra dos Barões.
Autora: Mariinha Leão.

A Mata do Desejado




                 A Mata do Desejado que ficava localizada no Engenho Massauassu Grande, em Escada, era um bosque com árvores gigantescas, ponto de encontro dos caçadores.
                Certa noite, um cidadão saiu para caçar nessa mata. Quando estava na espera, ouviu um ruído embaixo da árvore. O caçador animou-se e falou :
" Até que enfim! Hoje levarei uma caça para o almoço de amanhã!"     Ajeitou-se todo, preparou a arma, acendeu o candeeiro e focalizouo lugar.    Estava um homem sorrindo para ele, deixando transparecer enormes dentes.    Rapidamente, apagou a luz e encolheu-se todo, fechou os olhos e, somente ao amanhecer, desceu da árvore e seguiu para casa.
                 Quinze dias depois, o mesmo caçador voltou ao local na esperança de encontrar alguma caça. de repente ouviu uma batucada dentro de um sumidouro que existia na mata. Eram instrumentos de toda qualidade, tocando.   O caçador ficou assustado, escutando o barulho que se aproximava dele, a cada instante. Comentou:
  " Novamente! Não é possivel! Uma banda tocando em plena selva Meu Deus! Totalmente arrepiado, ele desceu da espera, seguiu vereda afora e nunca mais voltou ao bosque para caçar.

Livro: Lendas, Mitos e Histórias da Terra dos Barões.
Autora: Mariinha Leão

O caixão de Defunto



              Imagine-se, caro leitor, você caminhando à noite por uma rua deserta e, de repente, deparar-se com um caixão de defunto. Fato dessa natureza, foi vivenciado por um operário da Fábrica Pirapama, que caminhava para o trabalho certa hora da noite. Ao chegar na Rua Deodoro da Fonseca, no trecho onde exitia um antigo pé de fruta pão, por trás da Matriz, estava um enorme caixão de defunto atravessado na rua. O caixão era preto e tinha sobre a tampa uma vela acesa. O operário parou... meditou um pouco... e não teve coragem de passar. Também não perdeu o controle e nen se apavorou. Voltou do caminho,  subiu a travessa da Matriz, saiu em frente à Igreja, desceu a rua Vigário Simão e seguiu pela estrada que dava para Fábrica.
              O mistério do caixão de defunto  permanece no anonimato até os dias de hoje.

Livro: Lendas, Mitos e Histórias daTerra dos Barões
Autora: Mariinha Leão.

terça-feira, 20 de março de 2012

Engenho Frexeiras






         Para chegar a este belo engenho, o acesso é feito pela BR-101 Sul até o entroncamento com a PE-63, ambas em bom estado de conservação. Após 5 Km, logo após  o Distrito de Frexeiras, segue a direita por estrada vicinal em estado regular de conservação. No percurso o canavial ladeia a estreita estrada de barro. Logo adiante avistamos a capela do engenho, cuja padroeira é nossa Senhora de Lourdes. A capela tem um estilo de construção eclético. Seu formato único em forma de cruz, com bandeiras em ogivas neogóticos, vãos abertos e arqueados. A mesma foi construída no topo de uma colina, e em seu entorno existe gramíneas e palmeiras.
        Seguindo em frente, várias casas de moradores são avistadas no percurso. Atravessamos uma ponte em alvenaria e madeira sobre o rio Ipojuca que passa imponente pelo engenho com suas corredeiras, sendo um bom local para pesca. Margeando o rio, chegamos à casa grande, uma das mais bonitas e conservadas da região. Em estilo Chalé, a mesma data, provavelmente, do fim do século XIX, assim como a capela. Seu telhado em duas águas é mais alto e independente do que o alpendre. O telhado principal é protegido por uma platibanda recortada, adornada por um brasão ao centro e por quatro pinhas ao alto. Seu alpendre possui colunas de ferros. Assim com o seu guarda corpos. Em seus arredores, fruteiras, flores silvestres, gramíneas, palmeiras e construções de menor porte.
    
Livro: Escada Riqueza de Pernambuco.
Autor: José Luis Minduca.
(*) Barão de Frexeiras foi Antonio dos Santos Pontual.