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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cícero Dias






















    










    Cícero Dias nasceu no dia 05 de março de 1907, no Engenho de Jundia, em Escada, um dos maiores pintores brasileiros, e a maior personalidade escadense foi o sétimo filho do Sr. Pedro dos Santos Dias e da Sra. Maria Gentil de Barros Dias.
Era neto do Barão de Contendas, Antonio Epaminondas de Barroa Correia, por parte de mãe, e então presidente da Província de Pernambuco na época. Até a década de 20, no ínicio , até aos 13 anos viveu no engenho.
Passou curta temporada no Rio de Janeiro estudando pintura. Em 1927 realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro e, em 1928, abandona a Escola de Belas Artes e dedica-se exclusivamente à pintura. Em 1937, executa o cenário do “ballet” de Serge Lifar e Villa Lobos, expõe em coletiva de modernos em Nova Iorque e viaja a Paris, onde se fixa definitivamente. Seguiu para Paris em 1937, onde reside até hoje. Em Paris, tornou-se amigo de Picasso, do poeta Paul Éluard, e entrou em contato com o surrealismo. Durante a ocupação da França é feito prisioneiro dos alemães.
Em 1943 participa do Salão de Arte Moderna de Lisboa, obtendo premiação e, em 1945, volta a Paris, ligando-se ao grupo dos abstratos. Nesse ano, expõe e, Londres, na Unesco em Paris e em Amsterdam. O ano de 1948 marca uma atividade mais intensa no Brasil, interessando-se sobretudo por murais. Em 1949, comparece à Exposição de Arte Mural, em Avignon, na França. Em 1950 participa da Bienal de Veneza. Em 1965 a Bienal de Veneza realiza exposição retrospectiva de quarenta anos de pintura. Em 1970, realiza individuais no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1981, MAM realiza retrospectiva sobre sua obra.
Segundo Flávio de Aquino, a arte de Cícero Dias nos prova que “a pintura pode perfeitamente expressar um profundo sentimento de vida e de movimento, tem intenso sentido orgânico, sem recorrer às formas da nossa realidade quotidiana. Ao primeiro contato com esta arte alegre e violeta o espectador sente imediatamente uma explosão de cor e, logo após, um subseqüente sentimento de vida”.
No dia 28 de janeiro de 2003 em sua casa na rue Long Champ, em paris, após 40 anos de residencia, falecia Cícero Dias. Foi seputado no Cimiterio Mont Parmasse na capital francesa.

Autor :José Luís Minduca
Livro : ESCADA Riqueza de Pernambuco

Tobias Barreto










                       Tobias Barreto de Meneses (Vila de Campos do Rio Real, 7 de junho de 1839 — Sergipe, 26 de junho de 1889) foi um filósofo, poeta, crítico e jurista brasileiro e fervoroso integrante da Escola do Recife (movimento filosófico de grande força calcado no monismo e evolucionismo europeu). Foi o fundador do condoreirismo brasileiro e patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras.
Aprendeu as primeiras letras com o professor Manuel Joaquim de Oliveira Campos. Estudou latim com o padre Domingos Quirino, dedicando-se com tal aproveitamento que, em breve, iria ensinar a matéria em Itabaiana, onde também dedicou-se à música, sendo cantor e flautista da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição (nome atual).
Em 1861 seguiu para a Bahia com a intenção de freqüentar um seminário mas, sem vocação firme, desistiu de imediato. Sem ter prestado exames preparatórios voltou à sua vila donde sairá com destino a Pernambuco. Em 1854 e 1865 o jovem Tobias, para sobreviver, deu aulas particulares de diversas matérias. Na ocasião prestou concurso para a cadeira de latim no Ginásio Pernambucano, sem conseguir, contudo, a desejada nomeação.
Em 1867 disputou a vaga de Filosofia no referido estabelecimento. Venceu o prélio em primeiro lugar, mas é preterido mais uma vez por outro candidato.
Para ocupar o tempo entrega-se com afinco à leitura dos evolucionistas estrangeiros, sobretudo o alemão Ernest Haeckel que se tornaria um dos mais famosos cientistas da época com seus livros “Os Enigmas do Universo” e “As Maravilhas da Vida”.
No campo das produções poéticas passou Tobias a competir com o poeta baiano Antônio de Castro Alves, a quem superava, contudo, no lastro cultural.
O fato de ser mestiço prejudicou-lhe a vida amorosa numa época cheia de preconceitos, conforme testemunho de Sílvio Romero.
Na oratória Tobias se revelava um mestre, qualquer que fosse o tema escolhido para debate. O estudo da Filosofia empolgava o sergipano que nos jornais universitários publicou “Tomás de Aquino”, “Teologia e Teodicéia não são ciências”, “Jules Simon”, etc.
Ainda antes de concluir o curso de Direito casou-se com a filha de um coronel do interior, proprietário de engenhos no município de Escada.
Eleito para a Assembléia Provincial não conseguiu progredir na política local.
 Dedicou vários anos a aprofundar-se no estudo do alemão, para poder ler no original alguns dos ensaístas germânicos, à frente deles Ernest Haeckel e Ludwig Büchner”. Conta Hermes Lima, em sua magnífica biografia de Tobias, que ele “para irritar o burguês, com uma nota mais ostensiva de superioridade, abria freqüentemente seu luminoso leque de pavão: o germanismo”. Foi em alemão que Tobias redigiu o “Deutscher Kampfer” (O lutador alemão). Mais tarde sairiam de sua pena os “Estudos Alemães”.
 A residência em Escada durou cerca de dez anos. Ao voltar ao Recife, aos escassos proventos que recebia juntaram-se os problemas de saúde que acabaram por impedí-lo de sair de casa.
 Tentou uma viagem à Europa para restabelecer-se fisicamente. Faltavam-lhe os recursos financeiros para isso. Em Recife abriram-se subscrições para ajudá-lo a custear-lhe as despesas.
 Em 1889 estava praticamente desesperado. Uma semana antes de morrer enviou uma carta a Sílvio Romero solicitando, angustiosamente, que lhe enviasse o dinheiro das contribuições que haviam sido feitas até 19 de junho daquele ano. Sete dias mais tarde falecia, hospedado na casa de um amigo.
  A obra de Tobias é de significativo valor, levando em conta que o professor sergipano não chegou a conhecer a capital do Império.
 Suas “Obras Completas”, editadas pelo Instituto Nacional do Livro, incluem os seguintes títulos: “Ensaios e Estudos de Filosofia e Crítica”, 1875. “Brasilien, wie es ist”, 1876. “Ensaio de pré-história da literatura alemã”. “Filosofia e Crítica”. “Estudos Alemães”, 1879. “Dias e Noites”, 1881. “Polêmicas”, 1901. “Discursos”, 1887. “Menores e Loucos”, 1884.
 Hermes Lima, ao comentar o refúgio de Tobias Barreto em Escada, esclareceu: “Em Escada, além de publicar o “Fundamento do Direito de Punir”, erige o germanismo em caminho de cultura. É onde aprofunda seu Haeckel, onde elabora sua posição filosófica, onde traça as coordenadas da revolução espiritual que viria a deflagrar-se no país”. Em 1882, Barreto foi selecionado, por meio de concurso público, para uma cátedra na Faculdade de Direito do Recife. Hoje, em sua homenagem, a Faculdade de Direito do Recife é carinhosamente chamada de “A Casa de Tobias”. Germanismo
 Inicialmente influenciado pelo espiritualismo francês, passa para o naturalismo de Haeckel e Noiré em 1869 com o artigo Sobre a religião natural de Jules Simon. Em 1870, Tobias Barreto, passa a defender o germanismo contra o predomínio da cultura francesa no Brasil. Nesta época começa, autodidaticamente, a estudar a língua alemã e alguns de seus autores tomando como objetivo reformar as idéias filosóficas, políticas e literárias influenciado pelos alemães.
 Fundou na cidade de Escada, próxima ao Recife, onde morou por 10 anos, o periódico Deutscher Kämpfer (em português, Lutador Alemão) que teve pouca repercussão e existência curta.
 Tobias Barreto escreveu ainda Estudos Alemães, importante trabalho para a difusão de suas idéias germanistas, mas que foi duramente criticado por se tratar apenas, segundo alguns, da paráfrase de autores alemães.
 Ele também iniciou o movimento condoreirismo hugoano na poesia brasileira.
 Dez anos foi o tempo de moradia de Tobias Barreto em Escada.
Em 1889 faleceu aos 50 anos , sete dias depois na casa de um amigo mais precisamente no dia 26 de junho de 1889. Seus ossos foram levado para aracajú, em uma urna de bronze. Em cima de seu tumulo foi erguido uma estátua em sua homenagem.

Samuel Campelo
















Nascido em Escada, Zona da Mata pernambucana, em 12 de outubro de 1889, Samuel Campelo formou-se em Ci�ncias Jur�dicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife. Dedicou toda a sua vida ao teatro e ao jornalismo e exerceu, entre outras atividades, as de promotor p�blico em Vit�ria de Santo Ant�o, secret�rio da Defesa da Borracha, secret�rio da Faculdade de Medicina do Recife, delegado de pol�cia e escritur�rio do Tesouro do Estado de Pernambuco. No jornalismo, foi diretor-secret�rio de A Rua e de A Prov�ncia, no qual escreveu cr�tica de arte e manteve uma se��o humor�stica di�ria, sob o pseud�nimo de Musael do Campo; trabalhou no Diario de Pernambuco, onde, nos �ltimos anos de vida, publicava artigos sobre teatro. Em Jaboat�o, entre 1907 e 1911, criou e participou de gr�mios liter�rios e teatrais, e manteve os jornais A Fa�sca, O Frevo, O Jaboatonense, Parnaso, e colaborou em A Peia. O teatro, por�m, foi sua paix�o maior. Estreou no palco, aos 16 anos, no Clube Esportivo do Socorro, em Jaboat�o, na com�dia em um ato Bicho e seu Rancho, de Ernesto de Paula Santos. Dedicou-se ao amadorismo teatral, representando no Gr�mio Frei Caneca, do qual foi fundador. Sua primeira pe�a, a farsa em um ato Perip�cias de um Defunto (mais tarde, intitulada Engano da Peste), estreou no Gr�mio Arraialense, em 1910. Fundou, nos anos 30, o Grupo Gente Nossa. Foi diretor do Teatro de Santa Isabel. Em parceria com Valdemar de Oliveira, escreveu operetas e farsas. Da sua produ��o teatral, destacam-se: A Honra da Tia; Noites de Arriba��o; Varia��es do Verbo Amar; Tem Casa e n�o Casa; S.O.S. Morreu no Recife, no dia 10 de janeiro de 1939.

Antiga Estação Ferroviária de Escada




   

        A Antiga Estação Ferroviária de Escada foi inaugurada em 30 de novembro de 1860, com todas as acomodações necessárias ao tráfego. Na décadade 1970 o prédio original foi demolido, para dar lugar a um "prédio moderno", que hoje se encontra em ruínas e abandonado.
A Estação de Limoeiro, que mais tarde teve o nome alterado para Barão de Suassuna, foi inaugurada em 13 de maio de 1862. Seu estado é de abadono, e de destruição,
só existindo a plataforma.
A Estação de Frexeiras foi inaugurada também no dia 13 de maio 1862, seu estado é de abandono total assim como as outras.
A Estação de Timbóassú, foi inaugurada em 30 de novembro de 1860.

Autor:José Luis Minduca.
Livro:Escada Riqueza de Pernambuco