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domingo, 15 de janeiro de 2012

A Loira da Sombrinha



                 Era início do inverno de 1976. A rua estava fria e sombria.
                 A ausência das estrelas no firmamento denotava um aspecto opaco e melancólico em toda a cidade. Entretanto, essa paisagem se contradizia com um clima festivo da juventude da época, que participava de uma animada festa no Clube Intermunicipal de Escada.
                Foi nessa noite que um cidadão escadense, após mais uma jogatina no comércio, seguiu com destino a sua residência localizada na popular "Rua dos Coqueiros". Ao chegar em frente ao portão do Clube, chamou sua atenção a presença de uma linda jovem loira, cabelos comprindos, trajando vestido branco, segurando uma sombrinha, pois estava neblinando. O homem, que era perito em conquistar belas mulheres, parou, observou a jovem por alguns minutos, deu um lépito sorriso, o qual foi correspondido e, de imediato, convidou-a para acompanhar. Ela aceitou o convite e ambos desceram com destino ao Buraco do Tatu. Assim que chegaram ao local, dirigiram-se a um casebre abandonado; era mais uma das suas costumeiras aventuras amorosas. Enquanto a loira se organizava, nesse ínterim, ele desviou um pouco o olhar. Ao retornar, notou que a loira havia desaparecido. O cidadão olhou para os lados, não viu ninguém a sua volta. Dominado por uma sensação horripilante, saiu correndo do local até em casa.
                Após esse acontecimento, nunca mais ele procurou a companhia de mulheres estranhas para sair .

Livro: Lendas, Mitos e Histórias da Terra dos Barões.
Autora: Mariinha Leão.

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