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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Vigário Pedrosa

 


Padre Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa, nasceu no dia 19 de junho de 1847, no Sítio Pau Amarelo do Engenho Prado, freguesia de Tracunhaém, município de Nazaré da Mata, Pernambuco. Era filho do Capitão Raimundo da Cunha Pedrosa e de D. Maria José dos Prazeres Cunha Pedrosa.

Em 1864, aos 17 anos de idade, partiu para o Seminário de Olinda. Ordenando-se no dia 03 de novembro de 1870.

Chegou a Paróquia de Escada em 01 de janeiro de 1888. Tomando posse no mesmo dia. No discurso feito ao povo escadense ele solicitou a construção de um cemitério em um lugar mais apropriado, por achar que a continuação de sepultamentos ao lado da Igreja Matriz era contrária aos preceitos da higiene e salubridade pública. O seu pedido foi atendido após dezesseis anos. Encerrou suas palavras declarando as seguintes palavras: “Nunca militei nem milito em nenhum dos partidos políticos deste país, não me envolvo direta nem indiretamente nas lutas partidárias; não voto finalmente. Tal tem sido sempre a minha conduta e espero em Deus e na Santíssima Virgem, nossa augusta Padroeira, assim levar o resto de minha vida paroquial. A minha política é o Evangelho, a minha luta é a luta da cruz.”

Foi considerado, na época, um pioneiro em viagens marítimas dentro e fora do Brasil. Publicando obras importantes sobre estas viagens. Sendo elas Notas de Viagens (1900) e Terra Santa. Além de outras obras como: A Santíssima Eucaristia (compilação de 1906), Jesus Cristo (1918), Escada (1924), Cartas e Cartões (coletânea de 35 cartas). E uma autobiografia, escrita por ele, contendo quarenta e oito páginas e datada de 1923.

Em 1922, interferiu-se, o Padre Pedrosa, não partidariamente, na política pernambucana, escrevendo uma carta ao presidente do Brasil, Epitácio Pessoa solicitando a permanência da Força Federal nos quartéis. Impedindo, dessa forma as injustiças, crimes e perseguições políticas que estavam acontecendo em Pernambuco, durante as eleições para governador, com a intervenção da mesma.

O seu pedido foi atendido imediatamente. Foi enviado um novo comandante à frente da Força Federal com ordem terminante para contê-la nos quartéis, fazendo, assim, reinar a paz.

A carta enviada ao Presidente Epitácio Pessoa pelo Vigário Pedrosa, redigida em Escada, é considerada, em Pernambuco, como um importante documento histórico.

Em dezembro de 1934, aos 84 anos de idade, recebeu na Casa Paroquial de Escada, a visita do General Manuel Rabelo, ex-interventor de São Paulo e Comandante da 7ªº Região Militar que veio conhecê-lo pessoalmente. Após ter recebido uma carta na qual o Padre Pedrosa, prestava solidariedade ao General pelas críticas e maus julgamentos feitos pelos pernambucanos sobre o ele. Tornando-se grandes amigos, e, uma semana depois, o Vigário Pedrosa visitou o General em sua residência.

O Vigário Pedrosa faleceu no dia 18 de novembro de 1936, sendo sepultado na Igreja Matriz da Escada. No local, onde colocaram o altar da Capela do Santíssimo.

   

texto de Mariinha Leão.

2 comentários:

  1. Deveria-se citar a fonte destas imagens que foram retiradas do raro livro O Vigário daEscada que pertence a minha Coleção Particular. Falta de ética de um profissional, além de alguns dados do texto que foram acrescentados por minha pessoa quando da correção dos Originais de Mariinha Leão. Ao qual publiquei em 2011 no Blog Historicamentefalando.blogspot e que foi copiado e não contém as fontes primárias e secundárias. Uma lástima para um aspirante a pesquisador.

    Marcos Pereira
    Consultor em Marketing Municipal, Pesquisador e Escritor escadense.

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  2. O mais interessante nesse comentário são os equívocos do Sr. Marcos. Primeiro que as imagens do Vigário Pedrosa são consideradas de domínio público. Segundo que, desmerecendo toda sua vaidade, e alertando para seu possível engano, ele não é o único possuidor, ou nem sequer um dos poucos possuidores de volume do livro "O vigário da Escada", como assim ele quis parecer. Existem vários exemplares, que apesar de raros, estão nas mãos de pessoas zelosas e que também apreciam história. Toda essa irritação, me parece algo de caráter pessoal, tendo em vista ele não ter aceitado os comentários sobre ter feito um trabalho duvidoso e sem qualidades frente ao Museu Cícero Dias em Escada- PE, tendo depois de sua passagem, o mesmo e criticado Alex, ter passado pelo mesmo museu e ter feito uma participação e trabalho, digamos um pouco mais percebido. Acho que merecia uma retratação do comentário.

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