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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Usina Massauassu

   







         Situa-se às margens da Rodovia-PE 45 distante 87,5 KM da sede do município de Escada.
Foi fundada em 1890, nas terras do senhor de engenho Marcionilo da Silveira lins, daí ter sido registrada, inicialmente como Silveira Lins e filhos. 24 anos depois da sua inauguração, Zenóbio Marques da Silveira Lins, filho mais novo do Sr. Marcionilo, passou a Usina para o Sr. José Henrique Carneiro da Cunha, que entre 1916 e 1917 associou-se ao seu cunhado Oscar Amorim e ao seu irmão Oscar Barardo Carneiro da Cunha.
        Em 1929, a sociedade já tinha se desfeito. Apenas José Henrique Carneiro da Cunha continuava sendo proprietário nesta época. A usina possuía 09 propriedades agrícolas, que produziam 50.000 toneladas de cana por ano. Sua capacidade de produção diária era de 7.000 litros de álcool, e 500 toneladas de cana. Em época de moagem chegavam a trabalhar uma média de 150 funcionários, e era permanentemente proibida a contratação de estrangeiros bem como mulheres e menores de 18 anos.
        Possuía uma via férrea com 60 km de extensão, 3 locomotivas e 84 carros vagões. Mantinha duas  escolas em atividades com uma média de 60 crianças matriculadas.
         Em 1987, ano em que foi desativada, chegou a produzir 569.220 sacos de açúcar de 50 kg cada.
Hoje, pertence ao espólio do Sr. Rui Carneiro da Cunha. O povoado se desenvolveu assim como seu pequeno comércio, formado por antigos trabalhadores .
         Destaca-se no povoado a antiga casa-grande em 1833, embora na fachada se aviste  a data de 1926. A mesma encontra-se em péssimo estado de conservação. E, a igreja dedicada a N. Sra. do Carmo, construída no início do século XX, com características eclética, possuindo uma torre central encimada por uma cruz de ferro.

Livro: Escada, Riqueza de Pernambuco
Autor: Luís Minduca

O Cangaço em Escada


        Afora as questões políticas, as diferenças internas dos oligarcas açucareiros relacionavam-se também a disputa de titulo de terras, testamentos, gados, escravos, mulheres, e às vezes envolvia até a violência. Essas disputas eram diferenças pessoais entre indivíduos e famílias. As diferenças não faziam com que ocorresse enfrentamentoentre classes sociais. Estudos modernos destacam que os agentes da maioria desta violência, conheçidos por capangas e, especialmente, cangaceiros, eram eles próprios protestantes sociais mais ou menos conscientes. O cangaceiro era um sujeito oprimido, fora-da-lei profissional por achar esta à melhor maneira de enfrentar ambientes sociais hostil. Em Pernambuco, o cangaceiro era uma figura característica do agreste e do sertão. Ocasionalmente apareciam na Zona da Mata. Um dos registros marcante da ação do cangaço nesta região aconteceu no município de Escada precizamente no  Engenho Jundia terras do primeiro prefeito eleito de Escada Cel. Manoel dos Santos Dias no ano de 1899. O cangaceiro Antonio Silvino intencionado em raptar a esposa separada do enteado do usineiro acabou matando 05 pessoas incluindo a filha jovem do Cel. que estava passando na janela da casa grande a qual veio a falecer no local.